quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sentimentos de uma postulante

O postulado está sendo de fato para mim um caminho de busca, de descobrir o real significado da vocação missionária. A cada momento com o Senhor compreendo um pouco mais que com Ele e por Ele a vida tem mais sentido, apesar das dificuldades do início de caminhada (pelas quais todas passam), hoje não vejo ou não imagino outro estilo de vida que não este.
Deus tem sido meu sustento. Ele é quem me conhece no íntimo do meu ser, sabe o que penso, o que sinto, conhece meus limites e dons que me concedeu; Ele me fala ao coração e me ouve, faz com que eu pense, reflita e aos poucos vá discernindo minha vocação e amadurecendo para uma completa doação.

Apesar da saudade da família, da comunidade apertar em muitos momentos, me faz lembrar que não deixaram de fazer parte da minha vida e nem mesmo de minha escolha, na verdade minha família só está se alargando assim como meus horizontes. Aqui em Curitiba já conheci muitas pessoas nas comunidades e no curso de teologia, fui muito bem acolhida e tenho aprendido muito com elas. Assim vou seguindo, tendo mais clareza de quanto é valioso o Projeto de Deus e de quanto é importante para toda a humanidade conhecer Jesus para aprendermos a viver o verdadeiro amor, um amor puro, sem esperar receber nada em troca, um amor simplesmente gratuito.


Margareth Padinha
2010-07-26

Ser missionário(a)

“Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação
se não é missionária”.

Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristã: “Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé.
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida?
...Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.

Extraído do Boletim nº 35/2003 da I. P. Vila Pinheiro, Jacareí-SP

Missão é...

Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso Eu. É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fossemos o centro do mundo e da vida. É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: A humanidade é maior.
Missão é sempre partir, mas não devorar quilómetros. É sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para descobri-los e amá-los, é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo.



Dom Helder Camara
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